Eu sempre tive muita vontade de conhecer o Japão. Meu primeiro contato foi através do meu tio que passou sete anos lá. Depois, através das animações e dos quadrinhos, ou melhor, dos mangas e dos animes. Da fantasia eu fui para a realidade, e fui me interessando pela história e valores, através de livros como The One Straw Revolution de Masanobu Fukuoka e Musashi, de Eiji Yoshikawa.
A cultura me fascina. Parece que a tradição e a modernidade competem por atenção. A história feudal, o shogunato, e o passado fechado contrastam com as inovações tecnológicas e a cultura ocidental que invadiu o país depois da sua abertura. As tradições são muito ricas, com crenças espirituais complexas Xintoismo e Budistas, responsáveis também por muitas atrações naturais e paisagens maravilhosas. Sempre me pareceu um lugar muito bonito, e com uma história e cultura completamente diferentes da nossa.
Outro atrativo muito forte, que agora é importante para mim, é o varejo japones. As lojas e as marcas Japonesas são, na minha opinião, as melhores do mundo. Tóquio é a capital mundial do varejo, não apenas em volume, mas também em qualidade e variedade, com muitas escolhas até mesmo para produtos super específicos.
Agora que voltei eu vi como foi importante a preparação para a viagem. Deu trabalho… as coisas por lá são diferentes, a língua… mesmo o inglês, ainda é uma barreira; e por isso quero compartilhar um passo a passo para quem vai e também para quem quer mas tem medo de ir. O país tem muitos detalhes e espero que essa leitura prática… meio bagunçada… poupe o tempo de vocês.
Tô escrevendo isso de uma sentada só se não nunca vai sair. Depois vou editar e melhorar a bagunça!
Viagem para o Japão – O Visto
O Japão tem vários tipos de visto. Tirei o de turista sem nenhuma descendência (eles tem vistos especiais para nissei, sansei e yonsei). Não tem consulado em Belo Horizonte, mas não foi preciso sair da cidade. Eu fiz tudo pela Despachatour. Depois que entreguei os documentos tudo foi bem rápido. Em cinco dias úteis o passaporte chegou.
O visto de turismo permite uma entrada por no máximo 90 dias, de acordo com a duração da sua viagem. O consulado japonês mantém uma lista sempre atualizada dos documentos necessários. Eu precisei levar:
- Passaporte com validade de no mínimo seis meses
- Esse formulário de Solicitação de Visto
- Foto 3×4 com fundo branco (se precisar eles cobram e tiram na hora lá na Despachatour).
- Cópia do RG
- Comprovante de Renda
- Imposto de renda completo (cópia)
- Três últimos holerites
- Itinerário da viagem com cronograma detalhado, conforme modelo da embaixada.
- Reserva dos hotéis
- Confirmação da Passagem
Detalhe importante: Para tirar o visto do Japão eu precisei primeiro comprar a passagem e também reservar os hotéis. Depois, nós temos que preencher o itinerário da viagem com todas essas informações de estadia e as datas.
A Época Certa Para Viajar para o Japão
O clima no Japão é complicado. Ele é quente e úmido de junho à setembro, frio e chuvoso de janeiro à março, e também cheio de tufões entre julho e setembro. Eu não gosto de viajar no calor e não quero sair voando, por isso acho que as melhores épocas de viajar são: entre abril e maio, e entre outubro e novembro. Outro atrativo além do clima é a vegetação japonesa, que fica impressionante nestas duas épocas. Maio é a época das cerejeiras e novembro do outono alaranjado.
Estas duas temporadas são muito movimentadas, com um fluxo impressionante de turistas, fora o movimento da cidade. Por isso, é bom planejar tudo com antecedência. Eles tem festivais e épocas festivas que lotam os hotéis de algumas cidades. Eu deixei para olhar os hotéis um mês e meio antes de viajar, e vários já não tinham vagas para todos os dias consecutivos. Foi complicado achar hotel em Kyoto e até as casas do Airbnb estavam ocupadas.
Onde Ficar quando for para o Japão
As acomodações no Japão podem ser divididas entre estilo ocidental e estilo oriental.
Ryokan são pousadas japonesas tradicionais. Elas tem quartos com tatame e cômodos tradicionais. Minshuku são casas e apartamentos tipo “bed and breakfast”, administradas por famílias. Por último, também é possível ficar hospedado em alguns templos. É bom olhar tudo direitinho porque esses lugares mais tradicionais costumam ter toques de recolher.
Os hotéis são normais. Do jeito que estamos acostumados, só pesquise se tem “modern bathrooms”.
Sites bons para pesquiar hotéis no Japão são:
Para reservar eu usei os PDFs com os mapas da linha de trem, o PDF da linha JR, o Google Maps e o próprio recurso dos sites para localizar melhor os hotéis em relação ao metrô. O principal critério foi estarem a no máximo 10 minutos andando de uma estação de trem, e não muito distante das áreas onde vou circular a noite (no máximo 30-40 min a pé). Isso é importante porque o taxi no Japão é caro, e os trens param de circular meia noite.
As casas e apartamentos você acha pelo AirBnb e eu achei estes dois albergues, Toco e Nui, bem legais, para quem não se importa de dividir o quarto com muita gente.
Os hotéis que eu fiquei em Tóquio e Kyoto durante a viagem foram:
- Sakura Hotel Ikkekuburo: Um pouco mais distante das regiões “badaladas” e talvez por isso com preço muito em conta. Fica a cinco minutos andando de uma estação onde circula a linha JR Yamanote e que também recebe muitas outras linhas. Fica a 10-15 minutos de trem de Shibuya. O que para mim, é muito perto.
- Granbell Hotel Shibuya: Bem em conta e decoração legal. Bem compacto, pequeno, e muito bem localizado. Não consegui todas as noites aqui, se não poderia ter passado a viagem inteira nele. (vou ficar só a segunda metade)
- Granbell Hotel Akasaka: Pertence a mesma cadeia. Mais barato ainda. Parece melhor decorado, e também muito bem localizado.
- Apa Hotel Kyoto: Kyoto é diferente, porque as linhas de trem são bem fracas e a gente depende dos ônibus ou das pernas. As linhas que eles tem passam bem longe das áreas históricas e também do “centro/downtown”, que ficam em lados opostos. Eu preferi ficar perto da estação principal para pegar o trêm até outras cidades próximas, e depois de volta para Tóquio. Outros lugares que devem ser legais é no distrito histórico de Higashiyama, em Arashiyama ou no centro em Gion (rua Shijo).
Dinheiro no Japão:
O Japão funciona na base do cash. Muitos lugares não aceitam cartão, então leve dinheiro! As notas são de 1.000 yen para cima (mais ou menos 10 dólares), então prepare-se para carregar muitas moedas. Eu levei uma pochete.
É a única forma de pagar a entrada nos templos e restaurantes menores é com dinheiro. As lojas grandes aceitam cartão, mas as pequenas e as vendinhas de souvenirs não aceitam. Não tem problema pagar com notas grande, eles não acham ruim, e sempre tem troco
É preciso ficar atento nos ônibus e trens porque as máquinas só aceitam algumas moedas e notas. Por isso é bom ter sempre um trocado separado.
Dá para sacar nos caixas em lojas de conveniência e nos correios. Lá eles aceitam cartões internacionais. Muitos outros caixas não aceitam.
Resumindo: LEVE DINHEIRO!
Orçamento de uma viagem pra o Japão:
Fora o hotel, os gastos são mais ou menos assim.
– Café da Manhã: Só um hotel tinha café da manhã de graça. O outro tinha um café básico por 300 yen. Dá para tomar café da manhã com uns 300 – 500 yen (um suco, uma fruta e um muffin da vida) em lugares como McDonalds ou em uma loja de conveniencia (7 eleven). Um café melhor em algum Coffee Shop vai custar entre 600 e 1000 yen, dependendo do que você tomar. Pra tomar um café da manhã farto, entre 1000-1200 yen, com direito a comer o que quiser ou uma refeição bem completa.
– Almoço e Jantar: Mais ou menos a mesma coisa. Se você for daqueles que gosta de comer fast food quando viaja, um Cheeseburguer e uma batata no McDonalds custam 250 yen. Um promoção custa mais ou menos 600 yen. Um almoço bom com uma tigelona de Ramen custa 800 yen, mais a bebida ou a água e chá de graça. Com 1200 yen da para comer muito bem. Os mais caros são os restaurantes de Sushi. Eu comi em dois, e o máximo que gastei em uma refeição foi 3000 yen, pedindo vários pratinhos de sushi mais a cerveja. Um prato com 2 sushi custa mais ou menos 130 yen.
– Atrações turisticas: A maioria dos templos é pago. Os jardins e parques também. Custam entre 300 – 500 yen.
– Transporte: O custo do transporte depende da distância que você percorre e de quais cidades vai visitar. Eu andei muito a pé, mas tinha um cartão que usava em Tóquio, onde usei mais o transporte público. Vou chutar que gastava 500 yen por dia zanzando a cidade. O trem do aeroporto para Tóquio custa entre 1300 e 3000 yen, e para visitar outras cidades eu comprei um passe que me permitia usar os trens da JR a vontade. O trem de Tóquio para Kyoto custa, se não me engano, em torno de 13,000 yen.
Conectividade no Japão:
Tem Wi-Fi em alguns lugares, mas não muitos. Eu não queria perder tempo perguntando senha, achando pontos com Wi-Fi, e arriscar ficar perdido sem poder consultar a internet.
Uma opção é alugar um telefone japones e pedir o plano de dados, voz, ou os dois. É legal, mas fiquei com preguiça de pegar um telefone com tudo em japones e ter que configurar.
Eu preferi comprar um SIM card pré pago com um bom pacote de dados. Tem vários sites que vendem, e você pode escolher se prefere receber no hotel ou pegar nos correios dentro do aeroporto. Eu comprei no B-Mobile, mas também tem o eConnect. O cartão japonês era só para dados, sem ligações (usei o skype).
Também baixei o aplicativo Google Translate, e no IOS eu preciso de estar conectado para ele funcionar. Se você tem Android é mais fácil. O app funciona offline se você baixar o “Language Pack” que precisa. Veja aqui como usar o Google Translate Offline.
Para economizar bateria eu sempre pinava o lugar onde queria ir, programava a rota, e usava o Google Maps offline no modo avião. Só ligava o 3G para programar o meu próximo destino. Ande sempre com o carregador do celular! Ter acesso ao mapa poupa muito tempo.
Aplicativos úteis: Google Translate, Google Maps (essencial! Use no modo offline), Speak Japanese Pro, Aedict, Japan Trains, Gurunavi
Transporte no Japão:
O transporte no Japão é super de boa. Eles tem uma rede de trens nacionais e municipais que dividem várias estações. O transporte entre cidades é feito pela Japan Railways, também conhecida como “JR”. Cada linha de longa distância é operada por uma subsidiária do Grupo JR, mas os visitantes podem comprar passes exclusivos que liberam o acesso ilimitado à todas as linhas nacionais e municipais da JR por 7, 14, ou 21 dias.
Os passes da JR valem a pena se você for circular entre cidades, principalmente se for fazer uma viagem de ida e volta de Tóquio para Kyoto. Além de economizar no trajeto entre as cidades, o passé também pode ser usado para explorar tudo. Osaka e Tóquio tem linhas JR que fazem um circulo ao redor da cidade, e são muitas vezes mais úteis do que as linhas municipais. Kyoto é outra história. O passe não é útil lá, mas ele ajuda a economizar no trajeto para Tóquio e cidades próximas.
Esses passes não são vendidos no Japão. Tem comprar online com um pouco de antecedência. Ele chega na sua casa… Na verdade chegam os vale passe, um livro sobre viajar de trem no Japão (baita guia) e um mapa das linhas. Quando chegar no aeroporto eu vou precisar ir até o guiche da JR e validar o passe. A JR trabalha com duas opções de vagão (Green Class e Ordinary Class). Comprar o Green pass não vale a pena. O vagão normal é super espaçoso, a cadeira deita, e alguns tem até tomada.
Na hora de usar é só apresentar para o funcionário na lateral das catracas. Eles também ajudam na hora de escolher o trem. Se for de longa distância, pode ser preciso apresentar o passe e pedir um ticket. Não jogue o ticket fora porque eles vão pedir para ver dentro do trem no meio da viagem.
Se você não tiver um passe o processo é este do mesmo jeito, só que pagando na hora. Os trens mais rápidos são os Shinkansen. O passe da JR também vale para eles. Esses trens balas economizam muito tempo de viagem em comparação com as linhas normais. Tem dois super rápidos, o Nozomi e Mizuho, que não estão liberados.
Cada subsidiaria regional da JR também tem os seus passes locais, por área do Japão. Eu comprei um passe de 3 dias só de uma parte da JR (JR East) para visitar algumas cidades perto de Tóquio e aproveito para circular dentro de Tóquio com este passe durante estes três dias. Valeu a pena quando comparei o preço das passagens individuais e do passe. Os outros dias em Tóquio eu fiz com um cartão recarregável que vale para todas as linhas do Japão inteiro.Eu também comprei um outro passe, com duração de 7 dias, o JR National pass, que ativei na hora de ir para Kyoto. Esse vale a pena para quem vai até Kyoto ou fazer viagens longas. Só o preço de ida e volta do trem bala Tóquio-Kyoto já é o preço do passe. Usei ele para ir até Kyoto, e de Kyoto para outras cidades tipo Osaka, Nara, Hiroshima, alguns castelos e outras locações rurais.
Para viagens curtas e dentro das cidades tem as linhas da JR e também as linhas locais operadas pela cidade ou outras empresas. Pra entrar nas da JR com o passe é só apresentar eles na lateral da catraca. As outras funcionam com tickets comprados em máquinas do lado das catracas, que tem opção de menu em inglês. O custo da viagem é baseado na distância percorrida. Você coloca o ticket na entrada e depois coloca de novo na saída. Se percorreu mais do que pagou a porta
Eu fiz muitos calculos e dentro da cidade não vale a pena ter um JR Pass. Ele só vale a pena na hora que você for fazer o primeiro deslocamento mais longo. Antes disso o legal é ter um cartão recarregável para não precisar comprar ticket toda hora. Tem duas empresas que oferecem esse serviço, a Suica e a Pasmo. As duas são compatíveis com todas as catracas do Japão. É só passar o cartão no leitor na estação de entrada e depois passar de novo na estação de saída. Eles funcionam para todas as linhas, inclusive as da JR.
Algumas cidades, tipo Kyoto, funcionam na base do ônibus, porque o sistema de trêm é meio fraco. Os ônibus são bem tranquilos. Você entra pela porta do meio e paga durante o percursso ou na hora de sair. Tipo ônibus na Europa. A única coisa ruim é a dificildade de informação, porque não tem ninguém no ponto. Taxi é caro para caramba em todo lugar. A maioria do transporte público para de funcionar entre meia noite e uma da manhã e só volta as 4-5 da manhã. Isso é importante… por isso é bom ter um hotel perto de uma estação principal e também das áreas onde você vai circular. Ou não… o país é super seguro e andar faz bem.
Eu salvei estes PDFs no meu telefone:
- Tokyo Subway PDF
- Kyoto Subway PDF
- Quando estava em dúvida, eu consultava o tempo, quais trens, e preço das viagens no site Hyperdia
No geral, é isso! O que faltou? Eu pretendo editar e melhorar, então por favor deixem as sugestões nos comentários!
Recursos Adicionais para planejar sua viagem ao Japão
Usei muito estes sites para pesquisar e planejar o meu itinerário.
- Japan Guide: http://www.japan-guide.com/
- WikiTravel Japan: http://wikitravel.org/en/Japan
- Lonely Planet Japan: http://www.lonelyplanet.com/japan
- Time Out Tokyo: http://www.timeout.jp/en/tokyo
Que delícia, hein. Tão bacana qto o Japão é o orgulho que a gente sente qdo consegue romper essa barreira aparentemente intransponível que é o Oriente e, ainda durante a viagem, nos reconhecemos como pessoas capazes de circular pelo mundo se virando na boa e interagindo com lugares/costumes/gente/realidades diametralmente opostas às nossas. Vc certamente voltou melhor/mudado e, espero, com a mala cheia de roupas novas. Parabéns, you made it.
PS: De onde é aquela foto tua cercado pelas gazelas?
Oi Augustuzs. A viagem foi excelente! Estava preocupado em viajar sozinho, mas o povo foi muito receptivo e deu até para fazer algumas “amizades” entre os vendedores e vendedoras das lojas. Esbarrei até com o Ethan Newton, sócio fundador daquela loja sensacional de Hong Kong, The Armoury, que agora está na Ralph Lauren como um dos diretores, bem focado na linha RLL. A mala voltou cheia, e se não fosse o espaço (e a carteira), teria trazido muitas outras malas. O consumo e as opções são impressionantes, e o serviço sem igual.
Aquela foto foi em uma cidade chamada Nara. Fica mais ou menos meia hora de trem de Kyoto. Uma gracinha. Vale a pena visitar. Para ver esse Japão antigo tem que ser fora de Tóquio, que é um monstro! Lá, e Osaka, é mais para comer, beber, e comprar, estilo NY mesmo. E eles não brincam! Um rapaz de uma cafeteria me disse que ainda não podia servir expresso porque precisava completar o treinamento de um ano, e fui em um bar de Jazz (um “Whisky Bar”) com uma coleção de mais de 4,000 discos de vinil.
Oi Lucas, adorei seu post, estou há meses lendo sobre o Japão, quero ir pra lá no final de março/2016.
Suas dicas acrescentaram muito na minha pesquisa, obrigada!!
Xx Mon
Que legal. Eu também vou voltar em 2016. Março é uma época legal, mas porque não esperar um pouco para pegar a época das cerejeiras?
Qualquer dúvida pode me mandar um email pelo soqueriaterum@gmail.com. De lá eu te passo o meu pessoal.
Abs!
Lucas, obrigado pelas dicas, pretendo visitar o Japão na primeira quinzena de abril. Uma dúvida que ficou para mim e em relação a bagagem. Quando você se desloca de trem e óbvio que não pode ficar carregando muitas malas. Como então você fez para voltar ao Brasil trazendo muitas coisas? Quando você chegou ao aeroporto de Narita você pegou o trem mesmo com malas? Você acha uma boa reservar hotéis pelo Booking.com? Tem como agendar passeios a partir dos hotéis para lugares próximos?
Grato, Gonzalo
Oi Gonzalo, tudo tranquilo?
Os trens bala entre as cidades (Shinkansen) tem um pouco de espaço para as malas. Eu viajei com a minha mochila e uma mala grande, não sei quanto você vai levar mas os Shinkansem tem uma prateleira em cima das cadeiras com mais ou menos 40 cm de altura onde você pode colocar coisas pequenas. Atrás da última cadeira tem espaço para umas malas, e entre os vagões eles tem um espaço com tranca para deixar volumes grandes. Dependendo do seu lugar no trêm você também pode viajar com a mala na frente das pernas, em troca de um pouco de conforto. Cada passageiro pode levar até duas malas, sem contar mochilas e malinhas pequenas.
Eu fiz o trajeto aeroporto – hotel e hotel – aeroporto de trem. Eu fiquei hospedado perto de estações por onde o Narita Express passava. O trem é bem confortável e tem espaço para mala (e Wifi). Tive apenas um deslocamento do hotel para o trêm a pé, que foi chatinho mas necessário.
Já fiz reservas pelo booking.com. Geralmente quando eu encontro um hotel lá eu entro no site do hotel para ler mais a respeito e para me informar sobre o preço. Se for menor no booking, faço por lá. Muitos hoteis no Japão pedem documentação (incluindo visto) e para tirar o visto você tem que ter o hotel reservado, então é necessário uma troca de emails para ir atualizando ele a respeito da reserva.
Não usei serviço de agendamento de passeios. Eu fiz tudo sozinho. Me programei mais ou menos antes de sair e depois peguei transporte público (trem em tókyo, trêm/ônibus em Kyoto. Eles são muito fáceis de entender e o pessoal do hotel tirava algumas dúvidas. Circular na cidade é bem tranquilo e os mapas são bem detalhados para turistas (nas cidades grandes mais do que no interior). Você está pensando em quais passeios?
Muito bom seu relato de viagem, estou indo para Tokyo amanha, gostaria de saber voce acha que vale a pena fazer um bate e volta de tokyo a kyoto ? Terei 6 dias inteiros la. Vou sozinho.
Obrigado
Oi Daniel, tudo joia? Você vai gostar bastante da sua viagem. Eu também fui sozinho e tive uma experiência incrível.
Você tem 6 dias no total ou tem 6 dias sobrando e está na dúvida se vale a pena ir até Kyoto?
Se você tiver 6 dias sobrando, além da visita à Tóquio, aí então vale a pena passar em Kyoto.
Se o bate volta for no mesmo dia vai ficar muito corrido. Se a sua viagem total é de 6 dias e você quiser ver alguma coisa fora de Tóquio eu recomendo um bate e volta em Kamakura ou em Hakone.
Abraços!
O que você achou de Hiroshima? Vale a pena? Pesquisei algumas atrações no TripAdvisor e particularmente, não me encantou muito.
Fiquei pouco. Dei uma volta pelo memorial e visitei uma loja, que já é algo que gosto de fazer. Nem cheguei a dormir lá então conheço pouco da cidade. Não era meu destino final quando visitei a região. Só passei lá para pegar a balsa até Miyajima, onde fiquei um pouco mais..