Poucas roupas tem começos humildes. Historicamente, as regras de estilo eram ditadas pela aristocracia. Até hoje, o clichê “vista-se para o emprego que deseja”, defende a subida para os escalões da elite poderosa. E no caminho inverso, temos as roupas workwear.
Famoso pela durabilidade, a origem do workwear não é estilosa ou elegante. São roupas utilitárias, feitas para carpinteiros, estivadores, pescadores e outras profissões de colarinho azul. Com o tempo, esse tipo de vestuário fez a transição para o guarda roupa do homem contemporâneo, provavelmente graças a sua praticidade. Na última deca, principalmente, ele virou moda.
Realmente, se você quer desenvolver um estilo diferenciado, o workwear é um bom ponto de partida. Ao contrário da alfaiataria, que é outra recomendação comum, ele se encaixa bem no estilo de vida casual que a maioria das pessoas tem. São clássicos com história, e por isso quase imune as tendências. Pra completar, é fácil de vestir, já que não demanda muitos cuidados. Afinal, fica melhor quando está surrado.
O Sol se erguendo sobre campos de trigo, iluminando cabanas empoeiradas e portas enferrujadas. Grãos ao vento, florestas de pinheiros, botas enlameadas e rostos retorcidos de homens batalhando pela prosperidade.
O workwear é um estilo utilitário inspirado pelas roupas tradicionais de trabalho, normalmente dos Estados Unidos. O apelo está na simplicidade e finalidade que as roupas tinham no passado.
Esse estilo engloba os ideais dos valores americanos. Cada corte, cada ponto, cada bolso e cada tecido é uma homenagem que invoca as dificuldades dos trabalhadores de colarinho azul. Passa confiabilidade e a sensação que o trabalho duro é a chave para o american dream. Não é a toa que viveu o seu auge na moda masculina durante a crise de 2008.
A falta de elegância é o que torna esse estilo tão atrativo. É o anti-estabelecimento, a luta contra “o homem” e a batalha pela liberdade. A nostalgia toma a forma do do mito americano: o self made man, lutador que conquistou o que tem com muito suor.
Mas esta estética vai além de replicar arquétipos americanos. Ela defende o ideal de qualidade absoluta. Na era de produção em massa, o workwear surgiu na moda como uma mudança. Sim, é claro que até produtos feitos a mão são criados para consumo, mas o workwear é prega um consumo diferente ao levantar a bandeira do processo de fabricação.
Quem fez? Como foi feito? Onde foi feito? Que tecidos são usados? Onde esses tecidos foram feitos? Foi feito à mão? Foi feito em uma fábrica? Alguém prestou atenção a cada pequeno detalhe? Era apenas mais um produto passando por mãos desatentas na linha de produção? Estas são algumas perguntas que passam na cabeça de quem aprecia o estilo. Muitas vezes, essas respostas formam o ponto central na decisão de compra, superando a importância do design.
Os ideais de qualidade não são refletidos apenas nas roupas da pessoa, mas em toda a sua vida. O fascínio pela qualidade está refletido em todos os lugares. Então, talvez não seja correto referir-se ao workwear como apenas uma estética, mas como um ideal.
Seguem algumas dicas para você começar a conhecer esse estilo. Como eu falei, a fabricação é tão importante quanto o design. Existem alguns aspectos de qualidade que as pessoas geralmente prestam atenção. Eu vou listar alguns dos principais.
Se você já conhece tudo isso, ótimo. Desça um pouco mais para o fim do texto, onde conversaremos sobre algumas idéias menos convencionais.
O caimento do estilo workwear costuma ser mais largo. Pense bem…a facilidade de movimento era importante: o cara precisava cortar madeira, fazer a colheita e montar cavalos vestindo a roupa.
Ninguém comprava calças jeans ou uma camisa de cambraia para ficar bonito. Elas só precisavam ser úteis e aguentar o trabalho.
As camisas são largas e feitas em tecidos fortes. As calças são amplas, ou com pernas retas. Os casacos, também são grandes. Precisavam ter espaço suficiente para acomodar várias camadas sem interferir na mobilidade.
Isso não quer dizer que não existe espaço para cortes modernos, mais ajustados. Na verdade, na maioria das vezes, é uma alternativa que chama menos atenção e é mais fácil de combinar. Quem está começando a explorar o visual, fica mais a vontade vestindo atualizações modernas.
Eu prefiro estar no meio do caminho, como as imagens acima. Roupas muito largas correm o risco de ficar caricatas, e roupas muito justas pertencem a uma banda teen no MTV Awards.
Obviamente, as texturas predominantes nos materiais são foscas. Sarja de algodão, lã pesada, denim índigo, flanela macia, cambraia, linho amarrotado, camurça rough out, couro oleado e lona encerada. Esses tecidos não brilham, são discretos e absorvem os sinais de uso e do tempo.
As cores do workwear tendem para tons neutros, como o azul marinho, cáqui, verde oliva, cinza chumbo e marrom. Essas cores podem ser combinadas entre si ou preparar a base para um item colorido, para quebrar a paleta. Estou falando, por exemplo, de um tricô vermelho ou uma jaqueta mostarda, combinados com o índigo escuro de um jeans bruto.
Geralmente, os adeptos do workwear são um pouco patriotas. Os americanos gostam de produtos feitos nos Estados Unidos, mas o Japão também é valorizado por ser o maior centro de estilo retrô com inspiração americana. As marcas mais detalhistas estão lá.
No geral, roupas feitas em países de “primeiro mundo” são mais valorizada por causa de condições trabalhistas supostamente melhores, mas a boa qualidade pode estar em qualquer país.
No geral, os tecidos são mais pesados e seguem as ideias de textura e cores que falei acima. Além da estética, a atenção à fabricação, e até mesmo o gosto por imperfeições, também aparece.
Se você está acostumado a ler os meus posts sobre raw denim, já sabe que o tecido é um aspecto importante. Não é só o denim, mas qualquer outro tecido e material (couro também). Onde e como eles foram feitos, se tem algo de especial no processo, na jornada longa da transformação de um fio em roupa, todos esses são aspectos importantes.
Novamente, o Japão vem na frente. O motivo é que eles usam técnicas tradicionais e são muito detalhistas. No denim, características como slubiness, texturas e irregularidades no tecido são um ponto importante.
A Cone Mills também é um produtor de jeans muito procurado. Eles são um dos poucos e mais antigos produtores de denim dos Estados Unidos que ainda fabricam jeans selvedge.
As marcas costumam anunciar que suas roupas são “single stitch”, “double stitch” ou “triple stitch”. Estão falando do número de agulhas que da máquina de costura.
A costura simples (single stitch) é feita por uma máquina que faz uma única fileira de pontos. É preciso voltar e costurar novamente para fazer qualquer outro detalhe. Ou seja, o jeans que tem costuras paralelas feitas por máquinas single stitch demandam enorme atenção e cuidado.
O jeans acima é todo costurado com agulha única, então todas as linhas paralelas foram feitas uma de cada vez.
As máquinas de agulhas duplas ou triplas fazem dois ou três pontos paralelos ao mesmo tempo, com linhas perfeitamente alinhadas. A costura dupla ou tripla facilita o processo e contribui para a durabilidade (eu acho), pois faz pontos mais uniformes. A camisa acima tem costura dupla no bolso e tripla no ombro.
Aqui, entram também todas as técnicas de construção. O workwear se importa em saber se uma bota é goodyear welted ou blaqueada, se a costura da barra do jeans é feita com chain stitch, e por aí vai.
Existem produtos workwear que são reproduções e outros que são ideias originais.
As reproduções são cuidadosamente recriadas com base em exemplares vintage. Vai muito além da cor e do corte, e envolve os aviamentos (botões, zíper), tecido, e todo o processo. A Levi’s Vintage Clothing é um exemplo. Outro excelente exemplo é a Real McCoys, com centenas de peças militares cuidadosamente recriadas até o último dente do zíper.
As peças originais, de marcas como a Mister Freedom e Freewheelers, buscam acrescentar inovações e criatividade aos clássicos desse universo. Os designs são únicos, mas as roupas poderiam ter existido em outra época. É uma imaginação que se coloca no pensamento de um estilista de antigamente, e trabalha com a realidade daquele momento.
Tem muitos outros detalhes de qualidade que as pessoas conferem, mas esses são alguns pontos mais explorados pelas marcas em descrições de produto, e o que normalmente é levado em conta na hora do cliente escolher.
Os conceitos básicos da “tendência” do workwear são tão fáceis de adotar porque eles tem muita sinergia. Jeans sempre fica ótimo com botas e camisas de flanela. Não é difícil dominar o estilo, e quanto mais usar, melhor. Tem longevidade de sobra, as mudanças no jeans e no couro ao longo do tempo só vão deixar as roupas ainda mais bonita.
Além disso, todas essas roupas já são utilizadas individualmente por outros estilos. Misturas de workwear também tem sido continuamente adotados por muitas subculturas há anos (skaters, punks, hip hop, para citar alguns). Os designs mais clássicos já perderam a utilidade real no ambiente de trabalho pesado moderno. É mais fácil você esse estilo num desenvolvedor de web, do que numa fábrica. O que quero dizer, é que ninguém vai estranhar essas roupas, então é fácil você experimentar.
Nos dias de hoje, a estética inicial do workwear é formada por algumas roupas básicas. Elas servem de base para qualquer combinação, que devem ser sempre descontraídas e confortáveis. Essa é a minha lista de peças para você colocar o pé no workwear:
A primeira opção são as botas. Você compra uma boa bota a partir de cento e cinquenta dólares. Se o seu orçamento for mais baixo, existem opções nacionais com visual legal mas que deixam a desejar na construção e nos materiais.
Os Estados Unidos tem várias das melhores marcas de botas com visual worker, indo desde a Thorogood ($150), aos $300 da Red Wing, até mais de $ 500 de marcas como a White’s Boots e a Viberg.
Priorize um modelo marrom escuro, pois são mais versáteis.
Sapatos com aspecto mais pesado ou um passado ligado ao workwear, como o brogue, também são uma boa opção. Outra ideia bem legal são os modelos “tirolesa” da Paraboot, e alguns derbies mais casuais. Esses três estilos aparecem na foto acima.
Até agora eu só falei de bota e sapato pesado, mas um mocassim estilo acampamento (camp moc) é uma idéia legal para o verão. A LL Bean, Oakstreet Bootmaker, New England Outerwear e Russel Mocassim fazem uns legais.
Realmente não é preciso manter o visual pesado nos pés. Alguns tênis que combinam bem com a estética workwear são:
– Os tênis de lona, que vão desde o Chuck Taylor, até as reproduções de marcas como John Lofgren e versões minimalistas da Shoes Like Pottery.
– Os modelos clássicos da New Balance e outros runners com cara vintage.
Uma opção mais “à vontade” que também vai bem com o estilo são as mais polêmicas Birkenstocks.
As camisas do workwear costumam ter detalhes utilitários (muitos bolsos), cortes mais amplos, e ser feitas com tecidos encorpados.
Pra começar, você pode procurar:
As jaquetas do workwear são desestruturadas. Vestir casaco worker não quer dizer jaqueta jeans da Levi’s. Existem muitas opções de casacos de trabalho e uma peça muito pouco utilizada, porque a maioria das pessoas liga ela ao formal, é o blazer. Existem opções de blazers muito boas para combinar com roupas workwear, e se você olhar fotos de fábricas antigas vai ver que o pessoal andava alinhado!
Alguns exemplos:
A calça mais “famosa” do workwear é o jeans, mas existem outros tecidos como o duck canvas (a primeira calça Levi’s foi feita neste tecido), o wabash e o hickoree stripe que são históricamente assosciados ao workwear.
O corte das calças varia bastante, assim como os detalhes. O mais comum é ver estilos com bolsos e os detalhes utilitários que definem o estilo. As fatigues, calças de trabalho, tem os bolsos costurados do lado de fora. As calças de carpinteiro, tem aquele famoso bolso atrás para segurar o martelo. Calças cargo e de paraquedista também são uma opção legal.
Acessórios são uma excelente ideia pra nós que vivemos no clima quente!
Um problema com o workwear é que não existem muitas opções baratas, porque a maioria das marcas legais defendem o trabalho artesanal e materiais de alta qualidade, para durar muito tempo.
É difícil falar sobre ou classificar o que é uma marca workwear por causa da grande variedade de produtos. Cada país tem a sua cultura, e cada trabalho tem o seu uniforme. Pra simplificar, tem três regiões que fazem muito bem produtos deste estilo: Japão, os Estados Unidos, e a Europa (principalmente Inglaterra e França).
A Austrália até tem algumas marcas legais, tipo a Deus Ex Machina, mas a qualidade dos produtos em geral não é sensacional. Assim como a América do Sul, África e o resto da Ásia, ainda não tem muitas coisas interessantes.
Quem se interessar por descobrir mais sobre esse universo com certeza deve começar pelo Japão. Para começar, ele é o país dos sonhos para denimheads, e o denim é um tecido fundamental do workwear. As melhores fábricas ficam no Japão, a maioria na cidade de Kojima, na região de Okoyama. Essa relação do Japão com o jeans vem desde o século dezoito, quando os japoneses já faziam algo parecido com os trajes rurais e o boro, também tingido com índigo.
O Japão sofreu forte influencia dos EUA depois da Segunda Guerra. Os Estados Unidos exportaram o seu estilo de vida, e certos aspectos da cultura americana ficaram bastante enraizados. Esses aspectos foram misturados à cultura atenciosa e metódica, criando entusiastas fervorosos para todo tipo de subcultura imaginável, dedicados a alcançar a perfeição.
O vintage também tem muita força por lá. A compra e venda, e a busca de produtos antigos sempre foi muito grande. Esses entusiastas começaram a produzir reproduções exatas de suas coleções, fotos, ou achados, a medida que foi ficando mais difícil de encontrar boas peças antigas.
Tudo isso tornou o país um paraíso para os colecionadores. Os soldados americanos enviados ao Japão garantiram que o país ficasse cheio de jeans, moletons cinzas, botas e calças chino. Muitas calças Levi’s de 1930, muitos pares de Red Wing de 1960 espalhados pelos brechós ao norte de Harajuku. É o paraíso para o workwear vintage, e essa abundância de peças originais permitiu o desenvolvimento desta cultura no Japão.
Entre as opções mais em conta, estão a Ponter Brand, Carhartt e Dickie’s. A qualidade dessas marcas é inconsistente e os cortes podem precisar de ajustes, mas elas atendem o bolso muito bem. Para calças jeans baratas, existe sempre a Levi’s.
Outra solução é comprar usado. Lembra que o estilo é resistente, durável, e fica mais bonito com o tempo! Abuse de sites como o eBay, Grailed e o markeplace do SuperFuture. Você acha até peças que mal foram usadas pela metade do preço.
O guia de workwear padrão já está um pouco batido. Ninguém precisa de ajuda para compor o visual que definiu a moda a moda masculina nas primeiras décadas desse século. É só colocar uma camisa xadrez, algum tipo de jaqueta de campo, uma calça jeans e uma bota moc toe ou bota lace to toe.
É por isso que é fácil ficar muito caricato. Porque? Workwear não é moda masculina; você não quer ter a aparência de estar bem vestido. Pelo contrário, essas roupas ficam melhores quando estão um pouco desgrenhadas. Aquele jeans com fades e aquelas botas de couro cheia de cicatrizes.
Existem uma série de outras opções interessantes dentro do workwear que fogem do padrão “adote o look”. Há variações contemporâneas de peças tradicionais que são muito legais. Fáceis de usar e ao mesmo tempo incomuns e curiosas. São idéias fantásticas para o seu guarda-roupa casual se você quer estar na linha entre o clássico e o moderno.
Agora é a vez de algumas dicas para você se divertir com um estilo workwear mais interessante e criativo.
Workwear não significa se vestir com um agricultor do início do século vinte. Os blazers casuais com tecidos interessante acima, com calças de tecidos associados ao workwear e botas ou sapatos de caminhada franceses (estilo conhecido como sapato tirolesa) formam uma combinação muito moderna de elementos do workwear. Essa mistura deixa o estilo menos agressivo e mais apropriado para situações menos informais.
As fotos abaixo, mostram como você pode trabalhar combinações monocromáticas com pouco contraste, prestando atenção no contraste de tecidos, e não das cores. Essa é uma excelente maneira de deixar o workwear um pouco mais sofisticado.
Por último, você pode incorporar algum elemento incomum e até vestir workwear no verão, combinando camisas de cambraia com bermudas e sandálias Birkenstocks.
Pra ir além do lumberjack, comece escolhendo uma jaqueta interessante. Marcas como a Engineered Garments, reinventam peças clássicas de caça, militar e trabalho, acrescentando bolsos extras e alterando o corte. Veja, por exemplo, duas jaquetas workwear modificadas:
Peças assim, apesar de incomuns, continuam fáceis de usar com sua calça jeans e bota favorita, de um jeito mais criativo e estiloso do que uma jaqueta jeans comum.
Eu sou um super fã das roupas clássicas, mas às vezes podemos nos apegar demais ao que pensamos ser escolhas que formarão um guarda roupa atemporal e versátil.
Ao invés de seguir uma lista de itens essenciais, compre compram coisas que te estimulam. Eu tenho usado as minhas botas da White Mountaineering com muito mais frequência do que a Red Wings Iron Ranger. Ao invés de comprar um casaco normal, uma jaqueta de sashiko da Blue Blue Japan, uma jaqueta bomber da Monitaly, ou o maluco Ring Coat, da Kapital.
O mesmo vale para calças, coletes, blazers… sempre existe uma versão criativa, que reinventa e acrescenta algo novo a um estilo que é workwear. Ao longo desse post eu já coloquei vários… como a camisa bege utilitária com bolsos diferentes, logo acima. Seguem outros exemplos:
Essas peças diferentes podem te ajudar a transformar o seu estilo workwear em algo mais criativo, novo, e único. Ao invés de seguir um molde do que é correto “porque era assim no passado”, pense um pouco fora da caixa e identifique ideias que correspondem ao seu gosto.
Muitos desses estilos mais raros ainda tem blindagem anti-tendências, porque são muito estranhos para as lojas de marcas prestigiadas (onde as tendências vão para morrer). Ou seja, eles são diferentes, e dificilmente copiados. Esteja disposto a correr riscos e experimentar.
Com tantas opções online para revender suas roupas, você ainda pode contar com um certo seguro contra erros.
Tem roupas que são realmente úteis, e muito versáteis. Não importa a pegada, a maioria dos guarda roupas workwear ganha ao ter uma boa camisa de cambraia, camisas de flanela xadrez, um bom jeans e um moletom encorpado.
Para economizar enquanto constrói um guarda roupa workwear interessante, corte seus custos com os clássicos. Tem muitas opções de básicos para você escolher, nas mais diferenças faixas de preço.
Uma calça chino feita por uma marca vintage tem o diferencial do corte e dos detalhes, mas você pode comprar uma opção com corte legal e tecido decente em praticamente todas as lojas e levar para um alfaiate ajustar se necessário. Lá fora, a Uniqlo e a JCrew são boas opções.
A menos que esteja comprando uma camisa realmente única da Kapital, a diferença entre uma flanela boa e uma flanela japonesa topo de linha será marginal. A Breaknecks costuma lançar algumas camisas xadrez com flanela mais pesada.
O único item clássico que realmente vale a pena investir é a calça jeans. Você não precisa gastar trezentos dólares, mas busque opções fora do mercado de massa. Um bom denim envelhece muito melhor do que os jeans que você encontra numa loja qualquer.
Dá uma olhada nas marcas de jeans que estão nessa lista. Com orçamento for limitado, eu indico uma calça da Unbranded. Se pode gastar um pouco mais, olhe alguma calça da Japan Blue ou um jeans da 3Sixteen, excelentes escolha de corte reto com cintura na altura certa.
Muitas das roupas modernas são apenas interpretações de algo mais antigo. Comprar vintage é uma ótima maneira de economizar, e também uma bom jeito de aprimorar o visual.
Você não precisa combinar um monte de coisa antiga, mas usar o que foi encontrado durante um garimpo é um jeito de incorporar a pátina e as marcas de uso honesto que tornam o workwear tão atraente. Quem trabalha em um escritório dificilmente vai conseguir esse desgaste por conta própria.
Algumas sugestões pra escolher sua primeira peça vintage:
Desenvolver um estilo próprio requer treinar seu olhar para encontrar o que funciona bem para você.
O melhor jeito de começar, é seguindo algumas lojas para conhecer pontos de vista diferentes. Se você encontrar uma marca que gosta, pesquise lookbooks para ter idéias. Geralmente, eles exageram em nome do artístico, por isso trabalhe a habilidade de trazer para o real.
Algumas lojas que eu gosto de seguir pela variedade de marcas são:
Para jeans, e um estilo mais rústico, eu recomendo:
A Alpha Shadows vende roupas outdoor com inspiração retrô, e para combinar o workwear que faz fronteira com o streetwear contemporâneo, siga a Haven e a Union.
Existem outas lojas menores com um estilo neo-heritage, menos vintage, com uma pegada contemporânea:
Por último, não se esqueça da loja online das suas marcas favoritas, como por exemplo a RRL.
Utilize essas lojas e as marcas que eles vendem para treinar o seu olhar. Ao contrário alfaiataria clássica sob medida, vestir-se com um estilo workwear criativo é mais sentimento do que regras, você só precisa explorar as opções e encontrar sua própria inspiração.
Se quiser, pode criar uma pasta e um filtro no seu Gmail para receber as newsletters e ficar por dentro das promoções, época de conseguir pechinchas.
É isso aí! Eu espero que você tenha gostado das dicas e inspirações.
Por que o workwear é tão popular? Além do terno, é um dos poucos looks que existe há mais de um século. Pode ser por isso. Talvez, represente uma reação contra a moda rápida, contra um armário cheio de coisas descartáveis. Pode ser. Quem sabe o que cativa é o sentimentalismo associado a imagens do passado. Vai saber.
Seja qual for o motivo, é um estilo muito fácil de adotar. Basta vestir suas roupas, usar até não aguentarem mais, e repetir.
Ver Comentários
Como são essas calças paraquedistas ?
Boa tarde, Lucas! Tenho um macacão desde os anos 90 (final). Minha noiva abomina! :-) Como usá-lo? Grande abraço!
Fala Adriano! Aceitar o desgosto da noiva kkkk. Abs!